Lula defende a soberania do Brasil nas Nações Unidas
- Monique Prado

- 23 de set.
- 2 min de leitura
Nesta terça feira, 23 de setembro de 2025, o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva abre a Octogésima Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e faz discurso em defesa das instituições brasileiras e sustenta o Brasil enquanto Estado soberano frente a países do Norte Global. Para o Presidente, o Brasil é uma democracia sólida, livre e independente apesar da polarização enfrentada nos últimos anos nas Américas.

Para ele, o Brasil deu um show na defesa da democracia com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, já que o Supremo Tribunal Federal, garantindo o e o processo legal e o direito a ampla defesa, atuou em favor da estabilidade democrática e contra o autoritarismo e o culto a violências. julgou procedente a ação que condena Bolsonaro aos crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e ameaça grave e deterioração de patrimônio tombado, somando-se as penas em 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, tornando-se o primeiro Presidente condenado por tentativa de golpe de estado.
Lula defendeu ainda o estado soberano contra as medidas tomadas por Donald Trump com a exorbitante imposição de sanções econômicas ao Brasil quanto aos produtos de exportação, para ele, tais medidas são arbitrarias e causam desordem internacional e atentados a soberania.
Apesar das críticas incisivas ao países do norte global, sobretudo, aos EUA, Lula fez um discurso diplomático, mas não deixou de ponderar sobre a conjuntura global, apontado a grave violação de direitos que tem acontecido na faixa de Gaza, com o genocídio do povo palestino provocado pelo governo de Israel. O intervenção militar na Venezuela e nas medidas imperialistas contra Cuba e o Haiti.
O Presidente ainda falou de justiça climática em alusão a COP-30, e chamou a responsabilidade países que mantém o mesmo padrão extrativista a países do sul global, com duras críticas ao em desmatamento e a emissão de gases poluentes, anunciando um programa de remuneração àqueles países que se comprometerem com a agenda climática.
O tom diplomático e soberano imprimido na fala de uma das maiores personalidades políticas da esquerda mundial, ilustra a relevância do estado brasileiro no contexto geopolítico, já que assuntos relacionados a democracia, a autodeterminação, a soberania política e econômica, a defesa aos direitos humanos e a justiça climática, posicionam o Brasil enquanto farol para um cenário global de escuridão e desesperança, cujo discurso de ódio, o genocídio, o capitalismo desenfreado, o desmatamento e o atropelamento do Estado Democrático de Direito tem afundado países em discórdia e matança generalizada.
Uma guinada do Brasil nas agendas que interferem diretamente no cenário internacional, faz do nosso país um importante ator político capaz de retomar importante discussões no debate público que freie a derrocada da extrema-direita contra direitos humanos, ao princípio da autodeterminação dos povos, multilateralismo e aos mecanismos de justiça.
Retomar caminhos em que o Brasil proteja-se contra ataques imperialistas e se posicione na sua potência étnica, social, criativa, ambiental e econômica, mesmo com o extrativismo e a intensificação da estratificação social, coloca o Brasil numa agenda garantista que não permite recuos e retrocessos de direitos.






Comentários