Ato #24J #ForaBolsonaro

Texto: Monique Prado e Rafael Magalhães

Imagens: Rafael Magalhães

Realizada num sábado ensolarado que tomou a Paulista, a Manifestação de 24 de Julho alcançou cerca de setenta mil pessoas. Mesmo diante do enfrentamento do coronavírus os participantes do ato permaneceram de máscara. Os manifestantes, em sua maioria vestidos de vermelho e preto, compunham uma massa em luto pela política sangrenta do Brasil.

Carros de som, cartazes, bandeiras, balões, panfletos e adesivos ostentavam as pautas em comum de quem estava no ato. Militantes, jovens, crianças, partidos, sindicalistas e imigrantes foram alguns desses membros da sociedade civil organizada que reivindicavam um outro Brasil sem a figura de Bolsonaro.

Esses atos têm acontecido em resposta ao projeto declarado de necrolítica desse governo. Às ruas têm aglutinado vozes plurais e trazido a presença de movimentos populares.

Figuras como a de Fernando Haddad, Boulos e Sônia Guajajara mostram que atores políticos já consolidados sabem o poder das ruas e estão aproveitando esses espaços para inflamar a opinião pública e se projetarem com mais força para as próximas eleições.

Com o seu poder aglutinador, Fernando Haddad, apareceu enquanto uma personalidade de oposição do atual governo. O Ex-prefeito de São Paulo, trouxe um frescor, pois percebemos o avanço tecnológico, outrora ignorado pelos campos progressistas, já que além da transmissão ao vivo nas redes sociais por parte da equipe, Haddad provocou cobertura midiática ostensiva.

Boulos apareceu com uma figura pop, cercado de câmeras e celulares, tirando selfies e lágrimas de manifestantes. Um articulador que busca ampliar o seu capital político com apoio popular.

Fernando Haddad e Boulos mostraram afinamento no discurso político atento às demandas das ruas sobre as quais estão fortemente canalizadas no #forabolsonaro. Gerações se encontraram pelas esquinas das Rua Pamplona com a Paulista mostrando a revolta popular de várias formas, inclusive de forma pacífica reivindicando o direito de sonhar com um pais onde não falte vacina no braço e comida no prato.

De outro lado, a bandeira gigantesca com o rosto de bolsonaro neo-fascista, diabólico e genocida na construção imagética que desafia o status quo, reforça a mobilização dos times organizados os quais têm sido mobilizadores políticos e ativistas em defesa da democracia.

Essas manifestações catárticas criam um ambiente de resistência e esperança a fim de convocar a sociedade civil a se articular politicamente e promover o desgaste desse Governo que contrasta com a Democracia.

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