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Entre frações e metamorfoses de afetos

  • Foto do escritor: Monique Prado
    Monique Prado
  • 19 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de jul. de 2023

9 de jun. de 2022




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Um caminhão de escolhas... Viver o centro é insano. Auto-transformação. Magnitude. Cheia de sonhos. Mesmo que eu não veja, eu não posso deixar nas costas do outro a responsa pelas minhas realizações. E era aí que está o que eu não estava vendo. Tudo de mais louco, eu poderia inventar e sair por aí conjugando os meus devaneios com a cidade mais cobiçada do Brasil. Para dar conta dessa loba que ressurge mulher, adulta, surfando nos seus trinta, vivendo as delícias e as dores dos cabelos brancos, to me reconfigurando, aceitando a provisoriedade da vida. O caos, o fulminante, o desejo, o infinito em um instante. Entre frações e metamorfoses de afeto. Amor ambulante. Fragmentações. Na semana, eu lhe digo "tô pensando em você". Obrigada pela melancia! Me sinto meio Issa, meio Molly. Domingo é dia de fazer o rango da semana e experimentar o gosto delicioso da vida que não vem com manual de instruções. Diante de tudo isso, eu sou escrevivência. Sensualidade, processos, texturização, líbido e progesterona. Sol bate na varanda, choro até soluçar escondida no banheiro. Os antigos medos voltaram. Apesar de me construir como sujeita e reconhecer que a solidão era na verdade ficção. O furacão dentro de mim ressurgiu. Sessões de terapia, fertilidade e depois de lavar roupa, uma taça de vinho. Lembrei do meu talento. Corri escrever para o vento. Recebi no meu ouvido "gostosa". Depois, tratei de assar um bolo e fumar os meus pensamentos. O desejo era viver tudo aquilo que não vem para dentro do set de gravação. Que alegria, mais uma peça de teatro "caramba, eu moro no centro". Fogo no parquinho. Trinta anos para descobrir o que os 10 de terapia já me diziam reiteradamente: minha filha, tu que é dona de você. Teu corpo é linguagem, é poesia, é movimento. Teu coração bate forte desse jeito porque és a mulher do fim do mundo, assim como a do futuro, porque sem nós, o futuro resultaria em um grande nada. Desce a Vergueiro de salto, mas desce desfilando. Porra São Paulo, que saudade que eu tava de entrar nesse transe com tu.

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©2025 por Monique Rodrigues do Prado

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